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A prefeitura do Rio está desenvolvendo em parceira com a UFRJ um modelo matemático para tentar avaliar a tendência da pandemia de Covid-19 na cidade. Parte do estudo foi apresentado em uma transmissão feita pelo prefeito Marcelo Crivella nas redes sociais na noite de segunda-feira. Pelas projeções, o Rio poderia registrar mais de 800 casos por dia no fim de abril, caso haja uma redução das medidas de isolamento social para apenas 40% da população. Se as restrições forem mantidas em 60%, esse pico ficaria entre 400 e 500 casos, reduzindo o número de óbitos até o fim de abril.

Professor do Instituto de Matemática da UFRJ, Bernardo Freitas Paulo da Costa, que participa do estudo, explicou que os dados servem de referência para definir estratégias para politicas públicas, que ainda se encontram em fase de validação pela comunidade acadêmcia.

— Não se trata de um modelo de previsão de casos, porque ainda existem questões solucionadas como as subnotificações, mas para ajudar o governo a tomar decisões. Fizemos projeções a partir do fim de março. Não significa que aquilo que a gente projetou de fato vai acontecer. Um modelo de projeções de casos ainda está sendo trabalhado — explicou Bernardo Freitas.

Na transmissão, Bernardo disse que o modelo se inspirou em estudos semelhantes feitos na China. O estudo mostrou que as medidas de isolamento ao retardar o contágio, proporciona tempo para que a rede de saúde se prepare.

— Esse modelo foi proposto pela comunidade internacional. Ele é capaz não só de traçar a população contaminada e aquela que está em recuperação. Mas leva em conta as medidas de afastamento social. Envolve sete categorias. Se você, por exemplo, é uma pessoa suscetivel, se se encontra em afastamento social ou continua a circular. Todas essas categorias interagem. Isso permite observar como a infecção vai acontecer. Com a melhor confiança desses dados, isso permitiu avaliar melhor as medidas de afastamento social. Caso se reduza as medidas de afastamento social, o processo de contágio se acelaria. Mesmo se a prefeitura voltasse a adotar medidas de quarentena.

Segundo Crivella, entre os que participaram da apresentação no gabinete de crise na segunda-feira, realizada de forma virtual, estava o deputado federal Osmar Terra (MDB), ex-ministro de Cidadania do governo do presidente Jair Bolsonaro. Conhecido por discordar da politica de isolamento implementada pelo Ministério da Saúde, Terra chegou a ser cotado para substituir o ministro Luiz Henrique Mandetta. No relato do prefeito, Terra falou por quase uma hora como um dos convidados da chamada 'comunidade científica''. Ao fim do encontro, a decisão de manter a estratégia atual de isolamento, no relato do prefeito, foi tomada ''quase que por unanimidade''

— As simulações mostram que devemos nos manter longe das aglomerações. Se a nossa curva de contaminação for leve, nos dará tempo para estarmos mais reparados tanto no Gazolla quanto o hospital de campanha. Queremos uma curva suave, não de uma inclinaçao como o ão de Açúcar — disse o prefeito na transmissão.

Na tarde desta terça-feira, o prefeito voltou a tratar do assunto:

— O estudo levou em conta a situação da China e como isso pode ser dar no Rio de Janeiro — disse o prefeito.

Fonte: Jornal Extra

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