Férmions ultra-frios em redes óticas
Thereza C. de L. Paiva (UFRJ)
A habilidade de aprisionar átomos bosônicos e fermiônicos em redes óticas, cujo potencial crista-
lino é gerado por lasers anti-propagantes, a temperaturas ultra baixas, deu início a uma nova área
de pesquisa, na fronteira entre a Física da Matéria Condensada, a Física Atômica e a Ótica. Ao
contrário do que acontece nos sistemas de Matéria Condensada, nas redes óticas há um grande
controle sobre os parâmetros envolvidos: as interações entre os átomos são controladas através
de um campo magnético, podendo ser atrativas ou repulsivas, o potencial químico é facilmente
controlável e não há desordem. Com isso, um novo desenvolvimento nesta área é a possibilidade
de realizar em laboratório modelos para férmions fortemente correlacionados, dentre os quais o
mais estudado é o modelo de Hubbard. Atualmente, o principal desafio nesta área é conseguir o
resfriamento necessário para observar fases ordenadas, como antiferromagnetismo, supercon-
dutividade ou superfluidez. Neste colóquio vou discutir os avanços experimentais e teóricos mais
recentes nesta área.